A USURPADORA: NEM TUDO É O QUE PARECE SER!

_ Me diz como fui ser tão burro assim? _ Lorenzo falou com muita raiva. Olhando a papelada que o funcionário da empresa trouxe a ele.

Por mais que estivesse tudo certo, ele não conseguia acreditar que foi tão tolo em não ter visto tudo antes. Não era possível ter deixado se enganar por alguém que tanto confiava.

Lorenzo é um homem jovem com trinta e sete anos. Pele clara, olhos azuis, cabelos castanhos, em boa forma, um homem realmente atraente, de arrancar suspiros, seu único defeito é ser muito explosivo.

_ Se acalme, senhor. _ Disse o homem tentando acalmá-lo vendo como Lorenzo estava furioso.

_ Como é que vou me acalmar? _ Perguntou incrédulo. _ Acabei de descobrir que confiei em alguém que estava me traindo. Perdi sete milhões por me enganar com alguém que pensei ser meu amigo. Você tem ideia de quanto dinheiro isso é? _ Perguntou ele, olhando para o seu funcionário.

Lorenzo é um homem poderoso CEO, dono de uma grande rede de empreendedores. Ele compra empresas, transformando-as em marcas mundialmente conhecidas. Expandindo os negócios em vários países do mundo.

_ Sinto muito senhor, mas não vai adiantar nada ficar alterado. _ O funcionário falou amedrontado por ver seu chefe tão fora de controle.

_ Eu queria mesmo é matar aquele desgraçado. _ Lorenzo disse a ponto de explodir pela ira crescente dentro dele.

_ O senhor iria preso. _ O homem lembrou a ele das consequências do seu ato.

_ Eu iria pra cadeia por matar um verme que me enganou, mas não posso mandá-lo para prisão porque o desgraçado tem minha assinatura nos papéis que autorizei? Como fui tão burro assim? _ Falou revoltado consigo mesmo. _ Ele trabalha comigo a mais de três anos e nunca imaginei algo assim. Colocou esse maldito papel em meio a outros documentos e eu assinei sem nem ver. _ Lorenzo comentou indignado consigo mesmo por não ter visto direito o que estava assinando.

_ Ele foi muito esperto, nunca ninguém imaginaria que o senhor Clayton faria algo assim com o senhor. Ele sempre pareceu uma pessoa muito correta. _ O funcionário falou, também sem acreditar que o Clayton tinha mesmo roubado milhões.

_ Se ele fosse tão esperto, não teria perdido três milhões com mulheres e no pôquer. _ Lorenzo falou, se sentando na cadeira em seu escritório. _ Não posso recuperar meu dinheiro e nem denunciar esse verme. E o pior é que se eu matá-lo irei preso. _ Disse ele, possesso de raiva tentando pensar em jeito de se vingar. O que o Clayton fez a ele não iria sair impune.

_ Iremos dar um jeito, senhor. O dinheiro que ele roubou não afetou as empresas pelo balanço que fiz. _ O funcionário falou mostrando os papéis sobre a mesa.

_ Não é exatamente com o dinheiro que estou preocupado. Tenho muito mais para repor esse que foi roubado. A questão é o quanto fui burro em acreditar nele. Vou fazer pagá-lo de um jeito ou de outro, farei da vida desse verme um pesadelo! _ Prometeu ele.

_ Ele era seu amigo, senhor. Não pode se culpar por ele ter se aproveitado da confiança e amizade que tinha por ele. O Clayton terá que pagar os três milhões que faltam.

_ Ele irá mesmo! De uma forma ou de outra vou recuperar meu dinheiro e farei ele se arrepender amargamente por ter quebrado minha confiança. _ Lorenzo jurou a si mesmo.

UMA SEMANA ANTES.

_ Bom dia Lorenzo. _ Clayton entrou no escritório, onde Lorenzo estava ocupado com a papelada de uma nova empresa que estava pensando em comprar.

_ Bom dia, Clayton. _ Lorenzo o cumprimentou sem desviar o olhar dos papéis sobre sua mesa. Precisava avaliar tudo nos mínimos detalhes.

_ Preciso da sua assinatura nesses papéis. _ Clayton falou, colocando uma pequena pasta sobre a mesa.

_ Me deixe terminar aqui e já vejo tudo. _ Lorenzo falou, erguendo um papel que já tinha lido.

_ Preciso da sua assinatura com urgência. _ Clayton contou a ele. _ Sem esses papéis estou de mãos atadas e não posso terminar meu trabalho.

Lorenzo deixou os papéis que estava revisando de lado e deu atenção aos papéis que o Clayton tinha acabado de entregar a ele.

_ O que são? _ Lorenzo perguntou, lendo as primeiras linhas.

_ Nada de mais, apenas os de sempre. Preciso da sua assinatura para ajustar algumas coisas e também fazer o fechamento das empresas deste mês.

_ Ok. _ Lorenzo falou vendo que eram os mesmos papéis que ele sempre assinava.

Estava com pressa em terminar a revisão que estava fazendo que nem conferiu direito que tinha uma folha a mais e essa única folha que ele acabou de assinar, autorizou a transferência de sete milhões.

_ Está assinado. _ Lorenzo falou, devolvendo a ele os papéis assinados.

_ Obrigado. _ Clayton saiu rapidamente da sala, apressado e nervoso por ter feito o que fez.

Ele devia muito dinheiro a pessoas perigosas e precisava pagar. Ele perdeu grande quantia com mulheres, mas a outra parte que estava devendo era para mafiosos que com toda certeza não teriam nenhum problema em cobrar.

Clayton sempre foi um homem sem escrúpulos e o que acabou de fazer era mais uma prova de que nunca valeu nada!

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A vida nem sempre é justa e muitas das vezes ela toma rumo que nunca, por um milésimo de segundo pode ser pensado, mas que não existe maneira para mudar e a melhor forma é aceitar, principalmente quando o rumo que a vida tomou seja sacrificar seus sonhos pela vida da família.

Alexia teve que assumir a identidade de sua irmã, para salvar sua família. Mesmo tendo que abrir mão da sua vida, dos seus sonhos, ela faria tudo para salvá-los, mesmo que eles nunca tenham considerado ela como alguém realmente da família!

E mesmo sabendo que não seria fácil abrir mão da sua liberdade, para viver ao lado de um homem completamente estranho, o qual prometeu fazer da vida de sua esposa um inferno, pois estava se casando porque alguém que Lorenzo pensou ser seu amigo, roubou muito dinheiro, exatamente três milhões que faltava.

Alexia não conseguia entender como seu pai adotivo foi tão estúpido a ponto de roubar o próprio chefe e ficou ainda mais decepciona por ele ter perdido tudo com mulheres e pôquer. E para evitar algo terrível que Lorenzo Vincenzo prometeu, ela aceitou se casar no lugar da sua irmã.