Não sei Como eu cheguei até aqui, depois de tudo que aconteceu comigo no passado, sinto que ele estará sempre em minha pele, meu corpo e alma. Mais se hoje em diante lutarei com tudo que tenho para não deixar que isso mate a mim e todos os meus sonhos. E principalmente as minhas filhas... Farei de tudo para que estiver ao meu alcance, da dar um novo Recomeço em minha vida. Tudo pelas minhas pequenas Kristen e Krishna...
Alguns anos atrás...
Desde dos meus dez anos idade vivi ou melhor
sobrevivi, em um orfanato.
Um daqueles sítios que ninguém nunca gostaria
de ir. Mas aqui estava eu,
Em um lugar que devo permanecer, por ser
menor de idade, e por não ter mais
ninguém da família que possa cuidar de você.
Estava lá eu uma menor de idade sozinha na
vida precisamente, num lugar onde nunca desejei estar.
Mais antes de completar dez anos convivia com
o meu padrasto que não gostava lá muito de
mim.
E isso só comprovou quando a minha mãe saiu
de casa com outro homem e sumiu para seu lá
aonde.
Me abandonando com Steve, desde deste
episódio ele passava o dia inteiro a beber o que
via pela frente.
Sei disso desde sempre.
Quando aparecia em casa na maior parte das
vezes estava bêbado, e descontava toda sua
raiva em mim, acusando me de ser o motivo da
minha mãe o ter deixado, e ter fugido com um
outro homem.
Para ele eu sou o pavo, por minha mãe ter ido
embora e o deixado, logo a pessoa que eu
menos queria que fosse deixado por minha
mãe.
A mulher que me gerou por nove meses em
seu ventre, ela deixou para trás sem se quer ter
pensado em mim, e ainda deixando com o meu
padrasto no mundo.
Um homem cruel e malvado sem pum pingo de amor e carinho.
No que seria meu último dia com ele sem
ao menos eu saber, que realmente era o meu
último.
Naquele dia passei tempo inteiro dentro de
casa, limpava, cozinhava enfim, fazia de tudo, já
que Steve sempre me obrigava, mesmo sóbrio
das poucas vezes ele agredia-me se eu não
fizesse os serviços domésticos e para evitar
agressões e surras, eu fazia tudo o que ele me
ordenava.
Já fazia algum tempo que me alimentava de
biscoitos, o Steve já não abastecia a despensa
de casa já fazia algum tempo, e eu não tenho com o que me alimentar.
Meu estômago sempre reclamava por falta
de nutrientes e vitaminas, na geleira só tinha
apenas as garrafas de água e algumas de
cerveja, ou outras bebidas alcoólicas, naquela
noite eu já estava deitada já pronta para dormir,
mais de repente ouvi um barulho em baixo
de coisas se quebrando, fazendo barulhos
estrondosos.
Steve apareceu novamente muito bêbado, sou
que desta vez diferente dos outros dias ele
estava com um olhar mais sombrio, como se
quisesse matar algum.
Levantei da cama assustada quendo ouvi um
barrulho estrondoso de algo quebrando, fui até
ele para ver se estava tudo bem.
E sem motivo algum ele me deu uma surra que
até hoje tenho marcas, não falo so fisicamente
mas também psicologicamente.
Steve batia em mim como se estivesse a bater
uma boneca, de uma forma tão mal, que tinha
sangue escapando por várias partes do meu
corpo.
Lábios, cabeça, sombrasselhas e em mais
partes do meu corpo.
Neste dia apanhei tanto mais tanto como se não
existisse amanha, e na real eu preferiria que não
existisse e que tudo acabasse aqui.
Mais sabia que amanha quando acordasse
estaria cheia de hematomas de vários tipos, por todoo meu corpo, e estaria toda roxa, com
marcas que demorariam muito tempo para
sumir do meu frágil e pequeno corpo.
Chorei bastante enquanto ele fazia do meu
corpo um saco de pancadas, e acabei
desmaiando, não sei bem em que momento,
o meu consciente não suportou a dor e tanta
crueldade, que o Steve fazia comigo e com o meu corpo.
Quando dei por mim minhas vistas escureceram
e apaguei literalmente.
Steve descontou todo os eu ódio em mim,
e eu não consegui me defender, eu só tinha
nove anos, uma menina, uma criança que só
queria carinho, mas desde que nasci so era
contemplada com raiva, ódio de todos os que
por sinal não era tantas pessoas assim.
Meus pais se separaram eu antes de nascer,
não sei quem é o meu pai, ou melhor nem quero
saber, não sei se esta morto ou vivo, também
não importa, ele simplesmente me deixou com
a pior mulher do mundo.
Que sempre me maltratou como se eu não
fosse a sua filha biológica, e depois que se
cansou, foi embora com o primeiro homem que
tinha algo melhor para Ihe oferecer, enfim.
Então desde daquele dia eu fui colocada, para
fora de casa pelo Steve.
E desde daquele factício dia, eu fui para
naquele abrigo, na verdade o meu segundo
inferno, porque não posso chamar aquilo de
acolhimento para crianças.
lsso tudo porque o meu padrasto me jogou para
fora de casa a deus dará, e eu fiquei na rua por
três dias e foi ai que uma assistente social me
encontrou, e me colocou neste abrigo.
Onde lá permaneci por uns seis e longos anos,
e foram os seis anos mais horrendos da minha
vida.
Passei por tantas coisas ruins la dentro, Um
lugar que eu pensei que ficaria na mais perfeita
paz e bem.
Mas não foi bem assim que aconteceu, eu já poderia imaginar, coisas boas não acontecem
comigo e pensando bem, eu não tinha ideia do
que eram essas tais coisas boas que insistia
em pensar que aconteceriam comigo algum dia.
O reitor do abrigo era um homem muito severo,
assim como todos os funcionários.
Eles maltratavam as crianças que viviam la,
crianças assim como eu, que deveriam ser
cuidadas e não surradas diariamente.
E como castigo caso uma de nas crianças
aprontassem, éramos punidos a ficar sem
comer por um dia inteiro sem nenhuma refeição
ou ate mas, isto era quando eles estavam de
bom humor.
Caso contrario nos jogavam em quartinho
escuro por quase quatro noites, eu não entendia
o porque, ja cheguei a pensar por que não
morrer de uma vez.
Aliás esse pensamento não saia da minha
mente, já não aguentava tanto sofrimento, mas
uma forca, uma resistência não sei de onde,
fazia com que cada dia fosse uma superação
ou talvez apenas.
Apenas esperança no fundo do meu ser, não sei
bem explicar isso, fazia com que eu resistisse a
tudo aquilo e que tudo ficaria bem.
Ou era o meu coração tentando me confortar de
algum jeito.
Eles, os superiores, so nos tiram de la quando
aprendíamos a lição.
Mas a maioria no sabia que lição era essa que
elas queriam que agente aprendesse, nós nus
comportamentos bem, afinal não podíamos
fazer grandes coisas.
Era tudo cronometrado, trabalhávamos na
manha toda lavando os lavatórios e banheiros,
arrumávamos os quartos, tínhamos apenas
duas refeições por dia.
Nos recolhíamos quase de tardezinha e na
manha seguinte repetíamos o mesmo processo
de todos os dias.
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