Quando as borboletas batem as asas

Em Seul, capital de Coreia de sul, vivia um lindo casal da família Lee, era conhecido no mundo de negócios, dirigiam uma das melhores empresas na Coreia, eram reconhecidos por todos pela sua honestidade e glamour.

Lee Si Woon CEO da empresa "Lee's group " era o filho mais velho da família casado com a Lee Yuna que era uma mulher elegante vinda de uma família rica, bonita e muito educada.

Eles eram muito bons no que faziam, tanto que contribuíram para o crescimento e o reconhecimento nacional e internacional da empresa, assim como o nome da família Lee que era muito respeitada na sociedade .

Tinham dois filhos, Lee Shin o mais velho de oito anos e Lee Hwan de cinco anos eram muito amados pelos pais, ainda crianças tinham um nível de inteligência muito elevado, sabiam que os seus país não podiam ficar sempre com eles em casa e quando viajavam a trabalho ficavam com os avós e o empregados que cuidavam deles.

Naquela época Yuna a grávida e estava a espera de uma menina, que era o maior sonho deles pois já vinham tentado a muito tempo e essa era a chance, contato que resolveram tomar mais cuidado para que dessa vez desse certo.

Numa certa noite em que havia muita tempestade e vento, a bolsa de água da Yuna estourou e estava na hora do parto , com isso o marido logo chamou o motorista para preparar o carro que era para levá-los para o hospital o mais rápido possível .

Já no caminho do hospital as contratações estavam cada vez mais frequentes e ainda não haviam chegado a hospital , acompanhada pelo marido ela fazia de tudo para se manter firme enquanto o motorista conduzia.

-Por favor, vai mais depressa não aguento mais está a doer muito!

-Querida Calma, já estamos quase chegando. Estou aqui do teu lado não vou te deixar tá, aguenta só mais um pouco.

Pode ir mais rápido, mas com cuidado por favor! - O motorista assentiu e pisou no freio acelerando.

No outro carro também estava uma mulher grávida, a Jannet que estava no trabalho de parto era uma estrangeira, tinha vindo com o marido quando estava grávida de dois meses, o marido estava na Coreia a trabalho, eram afro-americanos e viviam na cidade de New york.

Por infelicidade o seu marido Anrold acabou falecendo de um câncer que estava na fase terminal a um mês atrás e como ela estava numa fase muito delicada de gravidez era muito arriscado voltar para o seu país de origem no momento então resolveu que ia dar a luz, quando se encontrasse em condições ela ia voltar. Por destino nessa mesma noite também começou a sentir contrações, como vivia sozinha acabou por chamar um táxi e com ajuda do motorista entrou no carro e seguiram para o hospital, naquela noite chuvosa.

As contratações aumentavam cada vez mais por ambas as mulheres que até gritavam de dor, nisso o motorista do táxi ao tentar acalmar a Jannet acabou por dar a curva antes do sinal e, foi colidir com o carro que vinha a sua direita causando um acidente.

Dentro do táxi a Jannet abre os olhos e logo passa uma mão no seu ventre para confirmar que estava tudo bem, depois voltou para o motorista tentou chamar o homem mas esse não respondia , depois de tanto insistir em vão, abriu a porta e foi arrastejando para fora do carro a chuva já tinha parado, deitou na estrada e começou a pedir ajuda com a sua voz fraca .

Naquele momento só estava um carro descaputado ao lado, além disso tudo estava vazio. De repente o carro abre e também sai uma mulher arrastejando.

A Yuna quando acordou viu tudo de cabeça baixo, ao lado estava o marido que ao tentar salvar a esposa acabou batendo a cabeça e desmaiou.

Já fora do carro depois de perceber o que tinha acontecido de repente levou as suas mãos para o seu ventre, sentiu que algo não estava certo e começou a sentir líquido a escorrer entre as suas pernas

- Não, não, não pode ser ! De novo não, ai meu Deus porquê!? Tinha perdido o bebê e aquela era a sua última chance, lágrimas brotaram dos seus olhos e começou a chorar.

Já toda fraca ouviu uma outra voz baixa do outro lado quando virou olhou:

- Por favor me ajuda, o bebê está vindo e eu não consigo fazer isso sozinha, me ajuda moça!

Yuna tenta levantar com um bocado de força que tinha arrastou até ela e disse - calma, respire fundo...

- Me ajude, não quero perder meu bebê por favor é tudo o que eu tenho, por favor moç...

- Respire fundo, vou contar até três e depois tenta empurrar com força, já dei a luz a dois meninos , vou tentar te ajudar está pronta?

- Tudo bem, estou

- Ok! 1, 2, 3..vai

- Hhuhhhhh..aahhhhhh. Não consigo, disse a Jannet chorando.

- Você consegue confia em mim vou contar até três de novo..1 2 3.. empurra

- Não está a resultar, não quero perder meu bebê

A Yuna logo pega a mão dela a segura bem firme e diz- respire e transpire, a mulher faz executa- agora empurre com toda a força que te resta, vai

- Aaahhhhh

Nheeehhhh

- Ai meu Deus você conseguiu, olha é uma menina - diz entregando o bebê a mãe que estava com os olhos semiabertos, a Jannet dá um longo beijo na menina e devolve a Yuna, Incrédula olha para a Jannet

- Obrigada, muito obrigada e como sinal da minha devoção eu te entrego essa criança, sei que vai cuidar dela

- Mas...

- Por favor prometa para mim que vai cuidar dela como se fosse a sua própria filha, sei que acabou de perder o seu bebê , mas por favor eu peço, promete que vai cuidar dela, me promete...

- Eu prometo! - Disse a Yuna chorando com a criança nos seus braços e o cordão umbilical ainda ligado a mãe, a Yuna no pedaço de vidro e corta a pedido da mãe e assim viu a respiração da mulher acalmar aos poucos, com as últimas palavras de agradecimento

- Moça, moça- o silêncio paira

Pouco tempo depois sentiu braços fortes a volta do seu corpo e olhou para aquela criatura pequenina e inocente que estava segurando firme e poucou a pouco a sua visão começou a ficar cada vez mais escura até se apagar por completo.

Obrigada por ler a história