Ana odiava Fernando, quem era apaixonado por Lilly casada com Tom, pai do seu amigo Renan, namorado de Grace, sua melhor amiga. Um e-mail errado depois de uma noite, e isso muda tudo. Como sobreviver ao desejo de desistir de tudo e voltar para a estaca zero ao mesmo tempo que esconde os maiores segredos dentro de uma bolsa? Seria coisa do destino ou alguém realmente planejou isto?
Ana subiu as escadas lentamente, abraçada aos montes de livros, segurando os sapatos com as outras mãos. Carol havia conseguido deixar o porão mais habitável para amiga. A casa cheia da família não tinha mais quartos disponíveis, por tanto, quando Ana precisou de um local para ficar, a garota Williams não pensou duas vezes antes de oferecer o único compartimento livre.
Ana havia brigado com os pais, William e Natalie Davies não pensaram duas vezes antes de deserdar a filha quando souberam que ela não gostaria de seguir os passos da família e se tornar dentista, passando os fundos para Paige, sua irmã mais nova. Eles não só retiraram os fundos colegiais, como também deixaram de pagar o apartamento próximo a faculdade. Ana foi despejada um mês depois de iniciar os estudos, sendo obrigada a aceitar a um emprego de bartender em um pub próximo e deixando as suas coisas no porão da família Williams, cujo os últimos degraus estava alcançando no exato momento.
Quando puxou a escotilha para fechar, ela ligou a lanterna do celular para iluminar o local e evitar de tropeçar nas quinquilharias ali acumuladas, até encontrar a cama ao lado da janela e uma mesa de cabeceira, onde gentilmente pousou os livros e sentou na cama. Não era luxuoso como o quarto que crescera, mas era aconchegante se ela ignorasse as caixas com decorações de natais e caixas de roupas que não serviam mais na família, mas a senhora Williams guardava por alguma ocasião.
A mochila de Ana, foi a próxima a ser abandonada enquanto ela esvaziava os bolsos das vestes, cento e quarenta libras adquiridos de gorjeta essa noite e ela conseguiria pagar o almoço da semana na faculdade. Somados ao restante na bolsinha de contas debaixo do travesseiro, possivelmente até o final do mês conseguiria comprar os materiais necessários antes da ministração laboratorial do professor Brown.
– Droga – Praguejou baixinho enquanto desamassava as últimas notas. O professor em questão não aceitava menos que a excelência em todas as suas aulas, trabalhos e atividades. Ana tentava, alguns amigos até cobriam os seus turnos enquanto ela fazia o trabalho debaixo do balcão do senhor Wright, um herdeiro de família rica e influente em toda a Grã-Bretanha, mas que era festeiro.
Ela esfregou os olhos com ambas as mãos, o cansaço estava aparente, então ela simplesmente retirou da bolsa o tablet, apoiou na mesa de cabeceira, e começou o monologo sobre química orgânica. Estava entre a segunda e terceira pagina quando o canto do visor mostrou que ela logo teria que sair, embora a família Williams fosse bastante amigável, eles ainda não sabiam que ela morava escondida em seu porão, por tanto tinha de sair antes que a matriarca acordasse para evitar qualquer conflito que ocorresse a Carol. Ana tirou uma muda de roupa da caixa que estava debaixo da cama e colocou na mochila, faria a troca nos banheiros da monitoria enquanto estivessem vazios. Ela desligou o tablet, a lanterna, colocou tudo na bolsa. Pegou os sapatos e abriu levemente a escotilha, analisando o silencio antes de puxar a escada e descer.
O dia havia acabado de amanhecer quando Ana cruzou os portões da universidade de Oxford. Ela apertou os olhos levemente enquanto afastava o sono ao chegar próximo ao seu prédio, Ramón sempre abria os portões para ela e deixava a água esquentar na tubulação. Também sempre lhe oferecia chás e biscoitos para o café da manhã antes que todos os outros alunos chegassem.
– Somente você e o professor Brown chegam esse horário. – Ele disse uma vez enquanto Ana estava na sala dos monitores – Você, agora já sei o motivo. Já o professor Brown, duvido muito que ele durma. É sempre o último a sair e o primeiro a chegar, algumas vezes vem até no meio da noite.
– Acho que a casa dele não tem mais inspiração para maltratar os alunos, e ele vem procurar na parede das escolas – Ela riu jogando a cabeça para trás.
– Estranhamente, alguns dias ele vem, vai embora e volta novamente horas depois. Ainda durante o dia.
Ana havia esquecido sobre isso até aquele dia, quando notou o carro preto parado no meio do estacionamento. O motorista ainda estava no volante olhando para dentro. Ele estacionava abaixo da janela da professora Evans, de administração. Ana tentou se matricular nas aulas dela por duas vezes, mas não havia conseguido vaga, aparentemente a professora escolhia a dedo quem participava. Ela ignorou a vontade de olhar para o professor dentro do carro e caminhou prédio a dentro, sendo bem recebida por Ramón.
Horas mais tarde, depois de banho tomado e bem alimentada pelo homem de quase dois metros, Ana estava sentada na biblioteca terminando o seu trabalhando quando o celular deu sinal de pouca bateria. Só então que ela notou algumas mensagens de Carol perguntando se ela havia ido dormir em casa, o celular morreu antes que ela escrevesse alguma resposta além do "Não dormi".
Ela encostou a testa por um instante na mesa e fechou os olhos, para o sonho mais lindo que ela tinha: o de Pablo, irmão de Carol, lhe tirando detrás do balcão e lhe beijando na frente de todos. Realmente Ana se sentia uma adolescente aos finais de semana quando precisava "visitar a amiga" e encontrava com o irmão no corredor. Mas o jovem não lhe dava muita atenção e acabava por assuntos que não a interessava até sobre a modelo Rafaela uma das alunas do seu curso, por quem Pablo era extremamente apaixonado e era esses os motivos de puxar assunto com Ana, ele queria usá-la de ponte para chegar ao coração da outra. O face time a acordou, Renan estava na linha querendo saber se ela almoçaria com ele aquele dia. E qual horário ele poderia passar.
– Eu preciso terminar o trabalho do professor Marcos.
– Então eu levo comida para você, te vejo no refeitório ao meio dia.
– Sem extravagancias, Renan.
– Não posso prometer – Ele deu os ombros e Ana riu antes de ser repreendida pela bibliotecária. O garoto murmurou um pedido de desculpas e desligou.
Ela juntou os livros e foi até a área comum, colocar os seus eletrônicos para carregarem e ler algum livro. Ela estava a terminar de fazer as anotações quando sentiu alguém sentar do seu lado, permanecer alguns minutos em silencio e então pigarrear. Ela levantou a cabeça apenas para notar estar sentada ao lado de McLaggen, Alex era um dos melhores goleiros da Grã-Bretanha, famoso por defesas incríveis que até mesmo Ana ficava admirada. Não era segredo nenhum que Felicity a fez calcular a trajetória de uma das defesas do goleiro para enviar a ele e chamar atenção.
– Então você deve ser a famosa senhorita Davies. A pessoa por trás dos cálculos da defesa incrível que eu fiz contra Victor
– Não sei do que você está falando – Ana falou rapidamente
– Você tem uma assinatura. Em todos os seus arquivos. Então quando uma fã começou a enviar os cálculos das defesas incríveis que eu fiz, minha equipe checou a veracidade e encontramos você por trás. – Alex deslizou um braço pelo encosto do banco alcançando o outro ombro de Hermione
– Ela pode ter feito no meu computador – Imediatamente Ana retirou a mão do homem do seu ombro - Há infinitas possibilidades.
– A garota não tira uma nota boa em física há um bom tempo, ainda acha mesmo que ela fez aquilo?
Ana mordeu o lábio inferior na tentativa de conter o bocejo
– Espera, que horas já são?
– Uma da tarde e três quartos.
– Droga – Ana praguejou fechando os livros e os lançando na mochila sem organizar – Aula do Brown não.
Puxando rapidamente os plugues das tomadas, ela correu em direção ao prédio encontrando com Renan na entrada e um olhar preocupado
– Carol disse que você não havia dormido em casa e me pediu para trazer isto
– Obrigada Renan... – Ela deu uma mordida no sanduiche – aconteceu um mal entendido e eu estou muito atrasada no momento – ela correu em meio à multidão de alunos quem se aglomeravam nos corredores, entrando na sala no exato instante que o sinal tocava.
– Não permito atrasos nas minhas aulas e nem conversas paralelas – Brown anunciou – E todos vocês podem enviar os seus trabalhos agora para o meu e-mail e nenhum segundo depois.
Assim que a voz calou, todos os alunos clicaram para enviar os seus trabalhos, Ana parecia estranhamente aliviada. O professor havia passado uma semana atras e desde então ela não conseguia dormir mais que duas horas o dia inteiro para terminar. Enquanto via a tela carregar para a página inicial, algo no canto lhe chamou a atenção, um e-mail de Theodore Jackson para toda a turma.
O corpo da mensagem nada dizia, apenas tinha uma foto de Ana servindo bebidas numa mesa próxima e a julgar pelas roupas, havia sido tirada na noite passada. A turma toda começou murmúrios e apontamentos para ela enquanto ainda via chocada. Era uma coisa que ela não desejava que descobrissem assim, mas por sorte ela poderia facilmente se passar por cliente já que Isaac, o seu chefe, não exigia o uso de uniformes fazendo os clientes se sentirem em casa.
Ana mandou uma mensagem privada a ele com a palavra 'ASQUEROSO' em caixa alto.
Ela ignorou as mensagens chegando o restante da tarde, até que o cansaço bateu forte, obrigando inspirar, enquanto todos, incluindo o professor, estava em silencio.
– Pelo visto a noite foi boa, não é Davies? – Becky anunciou alto e risadinhas começaram
– Não tão boa quanto a sua, pelo visto – Ana soltou.
– Mas não fui eu vista em um bar – Becky sussurrou de volta – Você estava igual o corrimão, todos passavam a mão. Em que, não sabemos, não há atrativos nenhum em você
O lápis na mão de Ana estalou com a força que ela usou atraindo a atenção de Brown
– O que eu disse sobre não permitir conversas paralelas na minha turma, senhorita Davies?
– Me desculpe, senhor.
– Se a senhorita quiser continuar nesta classe, que devo dizer, é pré-requisito para qualquer curso que desejam fazer neste prédio, irá me entregar na segunda, as sete da manhã, um artigo, não aceito menos que dez laudas, sobre o motivo da química ser tão importante na área da saúde.
– Sim senhor.
– Dispensados – anunciou – E que isso não volte a repetir, na próxima vez posso não ser tão compreensivo
– Não se preocupe, senhor – Becky falou – O trabalho da senhorita Davies é agradar a todos.
Risos foram escancarados e alguém tropeçou deixando que as coisas dela caíssem, inutilizando o tablet. Ana esperou que o silencio dominasse a sala antes de sentar debaixo da sua mesa, agarrada ao eletrônico inutilizável e começasse a chorar.
Estava cansada, o emprego não lhe pagava o suficiente para substituir o aparelho no momento, a biblioteca logo fecharia e ela não tinha como conseguir um emprestado porque Carol não tinha, Renan não sabia da sua verdadeira situação e Isaac não daria um adiantamento a uma funcionária que estava a menos de três meses.
Chorou baixinho por alguns minutos até o bip do seu celular a fazer engolir o choro e levantar secando as lágrimas com as costas das mãos. Então ela notou que o professor Brown ainda continuava ali, em silencio lendo o livro no meio da sua mesa
– O choro não vai mudar a minha opinião.
– Não se preocupe, professor. Eu não pretendo.
– E outra coisa, senhorita. A senhorita está proibida de adentrar a minha sala enquanto não me entregar o trabalho.
– Mas sábado o senhor tem questões discursivas valendo nota...
– Então que o trabalho esteja no meu e-mail antes de sábado, as sete. Caso contrário, não precisa vir.
– Estará, professor. – Ela deu alguns passos em direção a porta e já com a mão na maçaneta, decidiu perguntar – Professor, por que não puniu Becky Moore e Theodore Jackson?
– Porque a sala de aula ainda é minha e eu farei a punição de quem eu quiser. – Ana apertou os lábios.
– Compreendo
– E menos cinco pontos para você. Dispensada.
Ela iria protestar, mas o olhar que ele lançou a fez desistir e sair da sala. Do lado de fora alguns alunos com pequenos panfletos olhavam para ela e ria ao comparar com a imagem, Ana tomou um, das mãos do colega mais próximo e então analisou. Na noite passada houve uma despedida de solteiro, foi assim que ela conseguiu bastante dinheiro, colocando shot de tequila na boca dos convidados.
Ela amassou o papel olhando Theo distribuir mais para os transeuntes enquanto ria, Becky gargalhava ao fundo segurando mais alguns, parecendo que estavam a divulgar algo de grande importância. Entrando no mesmo jogo que os seus colegas de classe, Ana lançou
– Obrigada por notificar que, por algumas libras, o pub oferece tequila na boca. Geralmente temos de fazer a divulgação pessoal, mas vocês facilitaram e muito nossas vidas – Ela jogou a bola de papel em cima dos montes que Theo segurava e caminhou sentindo a sua alma lavada. Poderia estar sem tablet, mas estava vingada.
Não foi preciso dizer que a noite foi casa cheia, alunos de todas as classes estavam presentes para uma "dose", até mesmo os alunos de outros prédios e campus. A noite terminou depois de todo o estoque estar vazio e Ana conseguido duzentas libras, somados ao restante, ela conseguiria mudar do porão Williams para uma republica ainda aquela semana.
O sol estava nascendo quando a equipe começou a sair do pub, não tinha como ir à casa dos Williams já que estavam todos acordando aquele horário, por tanto, não tinha como mudar as vestes. Rick, o sobrinho do dono ainda estava fazendo a contabilidade da noite quando Ana retornou para o armário de achados e perdidos embaixo da escada do escritório.
– O que você ainda faz aqui, Davies?
– Roupas. Não terei tempo para ir em casa para uma troca, vai ser o jeito trocar no campus.
– As pessoas perdem roupas? – Rick piscou
– Você ficaria surpreso com o que tanto eles deixam por aqui
– Tente-me
Ana abriu uma das caixas e mostrou a quantidade de dentaduras e aparelhos dentários dentro. Rick abriu aos olhos, fazendo-a rir.
– Temos trompetes, saxofones, flautas doces, Nunchaku, discos de vinis... guardas chuvas e bengalas. E o meu favorito: este casaco com pele de urso, está aqui dois meses e as câmeras não mostram ninguém entrando com ele.
– Um casaco em pleno verão?
– Celia diz que Isaac autoriza a doação deles no inverno e outono. Os ursos de pelúcias que aparecem vão para orfanatos no dia seguinte. Livros também.
– Pessoas trazem livros para cá?
– Pessoas trazem telefone fixo para cá – Ana gargalhou retirando um telefone azul de dentro de uma das caixas.
– Pessoas são estranhas.
– Pessoas são normais, ainda não acostumamos a tudo – Ana retirou de uma das caixas ao fundo uma t-shirt cinza. – Você fecha tudo?
– Não vai se trocar?
– Eu preciso de um banho.
– Você pode tomar em um dos apartamentos do tio Isaac lá em cima.
– Desde quando há apartamentos lá em cima?
– Estão desativados no momento, ninguém usa. – Rick retirou do chaveiro uma chave com o número cinco – Você pode usar à vontade, mas não deixa ninguém saber.
– Obrigada Rick.
– Não deixa ninguém saber, se ele perguntar, eu perdi a chave e o chaveiro vem no mês que vem. Ele ainda tem mais oito.
– Muito obrigada Rick, vai ser de grande ajuda.
Ana abriu a bolsa para colocar as vestes quando o livro em cima chamou atenção
– Oxford?
– Sim.
– Meu pai é um dos acionistas de lá, vou levar alguns papeis para ele assinar, caso queira uma carona...
– Eu não quero incomodar
– Besteira. Já esta ficando tarde e se você tomar a condução, vai chegar atrasada.
– Neste caso, eu aceito então
– Saio em meia hora
Ela subiu as escadas notando que jamais estivera por lá, as pessoas da limpeza raramente deixavam bartender ajudarem e, em compensação, os atendentes recolhiam as garrafas com rapidez para que não gerassem cacos de vidro.
Ao redor do escritório, havia escadas em todas as direções, mas todas elas davam ao mesmo patamar no terceiro andar, que começava com uma varanda particular com vista diretamente para a pista de dança e uma porta atras dos estofados cercando um polydance.
A intuição dela estava certa quando deu com um corredor cheio de portas, nenhuma numeração.
Isaac é metódico, e em seu escritório ela sempre notava a sequência Fibonacci, por tanto, ela só precisava saber em qual ordem ele usou: uma em frente a outra ou lado a lado. Partindo do suposto que Isaac é destro, ela começou pela porta a direita a numeração zero, por tanto a da frente quanto a lateral poderia ser um. A sua suposição estava certa quando a terceira porta da esquerda contou como número cinco. Ela mal teve tempo para se surpreender com o luxo, sabia que Rick não a esperaria então simplesmente localizou a porta do banheiro e ignorou a banheira e tomou uma ducha, agradecendo a Merlin que finalmente havia encontrado alguém com o mesmo tipo de pele e cabelos que ela.
Quando saiu do banho, ela conteve o impulso de se jogar na cama, os lençóis tinham a aparecia de macios, embora estivessem lá por mais tempo do que Hermione. ela encontrou uma tomada e plugou o celular, olhando os e-mails e mensagens, notando que Brown havia passado mais trabalho para ser entregue no sábado pela manhã. O tablet ela achou que seria uma perca de tempo tentar ligar, então simplesmente o ignorou.
"Já estou pronto, Davies" a mensagem de Rick notificou e Ana olhou pelo visor desligado para as pequenas olheiras abaixo dos olhos, colocou o celular no bolso e despediu-se da cama que não usou e trancou o quarto.
A bmw estava na porta do pub e Ana riu da olhada que Rick deu a ela.
– Você está horrível.
– Você deveria ver a sua cara então, eu estou ótima. - Rick balançou a cabeça negativamente – Posso perguntar a você a razão de ter me dado uma das chaves de Isaac?
– Você foi a única que foi gentil comigo desde que cheguei.
– Também sou novata, além disto, Isaac demitiu todas as funcionárias depois que dormiu com elas. Então há um boato sobre nunca ser amiga dos chefes.
– Então vocês acham que eu também sou assim?
– Bem, você é o mais perto que ele tem de um filho. Celia diz que o fruto nunca cai longe da arvore.
Rick gargalhou pela primeira vez.
– Eu não faria isso.
– Você não, mas a sua tia Bailey é implacável. E eu ainda tenho pouco mais de quatro anos colegiais para pagar a correr o risco
– Então você dormiria comigo? É bom que já tens a chave.
– Que eu preciso te devolver.
– Pode usar o tempo que precisar. Ele quase não usa, não depois que comprou uma casa a poucos quarteirões. E um carro expansivamente caro.
– Bem... então muito obrigada pela ajuda, Rick.
– Qual o seu prédio?
– Estou no da saúde hoje.
– Então você tem aulas com meu padrinho?
– Quem?
– Fernando
Ana quase engasgou segurando o riso.
– Esse mundo é realmente bem pequeno. E eu estou, meio que encrencada com ele graças a Becky Moore.
– Ela nunca foi uma boa pessoa, ainda mais agora que o pai dela tornou um dos investidores daqui graças ao noivado dela com Theodore Jackson. Todos os professores reclamam aos meus pais sobre as constantes ameaças de demissões, e é isso que eu estou trazendo, contratos que permitem que os professores tenham mais liberdades sem correrem o risco de serem demitidos.
– Precisamos de contratos assim
– Estranho. – Rick mudou o semblante observando o carro preto deslizar pelo estacionamento – Padrinho está atrasado. Ele nunca se atrasa.
– Em compensação, eu também estou – Ana saltou próximo ao carro de Brown – Muito obrigada pela carona e pelas chaves.
Ana mal notou quão perto estava do professor até ir ao chão novamente, dessa vez quebrando o celular no bolso do seu jeans
– Você não olha por onde anda?
– Me desculpe professor... eu só... eu estou atrasada para aula de McGonagall
Brown apenas ergueu a sobrancelha e simplesmente ignorou Ana ainda caída no chão.
– Não se preocupe, Davies, ele é assim mesmo – O garoto estendeu a mão para que ela levantasse
– Um ogro?
Rick sorriu
– Te vejo essa noite?
– Minha folga
– Bom, mas você tem as chaves.
– Sim.
– Então adie a sua folga para sexta.
– Mas sexta é o dia que paga melhor. – Ana deu dois passos para perto de Rick – E eu realmente preciso de grana, ainda mais agora que Brown quebrou o meu celular.
– Pago duzentas libras por hora na sexta.
– Você não me precisa pagar para ser sua amiga, Rick.
– Neste caso.
– Eu folgarei na sexta para fazer o trabalho de Brown. E você pode me ajudar
– Ótimo.
Livro 2 da trilogia Destino: Em um mundo envolto em mistérios e magia, Eliza se vê conectada ao destino do enigmático Rei Lohan, um homem cujo passado é tão sombrio quanto seu coração. Apesar de ter encontrado o amor nos braços dele, Eliza anseia por desvendar os segredos que o cercam, mergulhando ainda mais fundo nessa relação em busca de confiança e compreensão mútua. Enquanto Eliza embarca na jornada para desvendar a verdade por trás das sombras que envolvem o Rei e sua missão, ela se depara com desafios que superam todas as suas expectativas. A verdadeira natureza de sua própria profecia vem à tona, revelando uma ligação profunda com um povo desprezado pelos lobos. Determinada, ela busca maneiras de ajudar seu amado, sem saber que o destino reserva para ela desafios ainda maiores. Em meio a intrigas palacianas e perigos sobrenaturais, Eliza se vê diante de uma pergunta crucial: será capaz de confrontar seu destino e lutar pela felicidade ao lado de Lohan, ou sucumbirá às forças que tentam separá-los?
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