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Lila Jackson é uma órfã que cresceu em um orfanato. Seus pais morreram em um acidente de carro e a deixaram sozinha. Mas o que Lila não sabia é que em todos esses 18 anos que se passaram, seu avô estava vivo. Mas sem antes conhecer a neta,ele morre, Deixando apenas uma carta com o segredo da família. Lila descobre sobre seu falecido avô, e vai atrás dele. Quando chega a casa dele,que agora era dela,ela passeia por todos os cantos. Ate que chega ao quarto do falecido, onde em cima da cama,havia uma carta. Nessa carta,Lila descobre que a várias gerações, sua familia tem o poder de entrar nos livros. Ela não acreditou no inicio e ate debochou,mas depois que ela faz o teste, e da certo,ela começa a fazer isso sempre, e em várias estórias. Mas,o que ela não esperava era que para essa magia havia uma regra. E com isso ela fica presa em uma das estórias, mas não é qualquer estória, e sim a com o mais cruel protagonista que ela já leu. Lila ira passar por grandes problemas, e terá muita dificuldade em sobreviver com Faruk, o homem cruel,e o principal da estória em que ela esta presa. Sera que Lila ira sobreviver a esse homem,e descobrir a verdade sobre a morte de seus pais?.
×Lila Jackson×
Ola eu sou Lila Jackson, e moro em um orfanato desde o dia em que meus pais morreram em um suspeito acidente de carro. Não foi encontrado os corpos,e eu achei isso bem estranho.
Mas eu não gosto de pensar nisso, só quem cresceu sem os pais sabe o quanto e triste,e difícil.
Estou na biblioteca fazendo uma das minhas atividades favoritas,ler. Mas sou interrompida quando o sinal toca,e as pessoas começam a correr para ir ate as suas salas.
Aqui não parece bem um orfanato,ta mais para colégio interno de órfãos, que é como eu chamo.
Aqui tem vários quartos onde dormem cinco pessoas em cada. Esse é o único lugar onde meninos e meninas não se misturam. Existe um andar so com quarto de meninos e outro só com quarto de meninas.
Mas fora isso, todos nos temos aulas e fazemos outras coisas juntos.
Eu não acho esse lugar ruim,aqui todos são bastante unidos, e são poucos que implicam com os outros. Apenas um pequeno grupo de badboys e outro de patricinhas idiotas.
Mas isso não nos afeta muito,já que todos nos os ignoramos.
Eu não tenho amigos,apenas os meus livros. Eu herdei uma grande coleção de livros dos meus pais,mas infelizmente não deu para trazer todos.
Não sei o que aconteceu com eles, já que eu tive que vender a casa e meus outros bens para que eu tivesse um dinheiro no futuro.
Toda a minha herança esta agora em uma conta de banco. Não é muita coisa,já que não éramos ricos,mas é o suficiente para que eu alugue ou compre uma casa,e possa me concentrar em procurar um emprego sem me preocupar por um tempo.
...
Depois das aulas do dia eu vou para o meu quarto. Lá eu tomo um banho e coloco um vestido leve,depois me olho no espelho.
Eu sou muito parecida com meus pais,e sempre gosto de me olhar no espelho com uma foto deles do lado.
Meus cabelos são castanhos e ondulados ate o meio das costas,como o da minha mae. Eu tenho uma franja que quase cobre meus olhos castanhos escuros,quase pretos,que parecem com os do meu pai.
Tenho algumas sardas que também Puxei da minha mãe, assim como meu nariz fino e minha pele parda,que não é nem escura e nem clara. Também puxei as belas curvas dela,que aqui no orfanato eu sou obrigada a esconder,pois as roupas aqui não podem ser muito coladas,curtas,nem decotadas.
Eu também tenho um sorriso bonito, que herdei do meu pai. Nunca fui ao dentista,mas eles são claros e brilhantes.
Fico me olhando por um tempo no espelho e lembrando da última vez que vi meus pais.
Eles estavam arrumando as malas,pareciam preocupados e nervosos. Corriam de um lado pro outro com muita pressa.
Eles me colocaram no carro com alguém que não lembro,e eu cheguei aqui, nesse lugar. E depois disso só recebi a notícia que eles haviam morrido.
Ainda lembro do sorriso que minha mãe me deu,ele parecia preocupado,mas mesmo assim era lindo.
Balanço minha cabeça para afastar os pensamentos tristes e volto pra realidade.
Tirando eu,ninguém nunca me viu com o meu cabelo solto. As meninas ate perguntam o porquê, mas eu não falo. Ate porque nem eu mesma sei.
Prendo meu cabelo em um rabos de cavalo como sempre e deixo minha franja solta cobrindo minha testa.
Dou uma voltinha na frente do espelho e rio de mim mesma. Depois pego minha mochila e coloco algumas coisas nela. Em seguida saio do quarto e vou para o meu cantinho.
O "meu cantinho",que é como eu chamo,fica no jardim,em uma parte escondida,onde só eu sei onde fica.
Lá foi o lugar onde eu mais fiquei depois que cheguei aqui. Eu passava todo o meu dia,e as vezes ate dormia.
Mas as mulheres que trabalham aqui, ficavam preocupadas e pediram para que eu parasse de me esconder,e eu obedeci. Ainda venho aqui, mas não tanto como antes.
Jogo um pano que eu peguei sobre a grama,alguns travesseiros e me deito. Trouxe alguns biscoitos,bolo e suco,para eu comer quase me desse fome.
Voltei a ler o livro que eu estava lendo na biblioteca,e comecei a ficar irritada. Mas que personagem mais idiota.
As vezes eu queria poder entrar na estória e bater nele com um cabo de vassoura,ate que ele acordasse pra vida. Mas infelizmente isso é impossível.
...
O tempo foi passando aos poucos e já estava escurecendo. E a cada segundo eu ficava mais ansiosa. Amanhã eu completo meus 18 anos e vou embora,vou sair do orfanato e ir para o mundo.
E essa ideia me assusta,eu ate que gosto daqui.
Vou no meu quarto,deixo minhas coisas lá e vou para a cantina. Esta na hora de jantar e essa é a hora mais importante,já que todos comemos juntos,ate os funcionários. Desde a diretora ate o jardineiro.
Entro na fila e pego meu jantar,depois caminho em direção a mesa de sempre. É uma mesa que fica perto da porta da cozinha,e as pessoas não gostam de sentar lá porque toda vez que a porta abre, ela bate em quem estiver comendo lá.
Eu achei um ponto em que a porta não me acerta e é lá que eu fico. Mas hoje tem alguem sentado lá,uma garota,que parece ser nova aqui.
- Ola,posso me sentar aqui?. Pergunto e ela balança a cabeça concordando, mas percebo sua vergonha já que suas bochechas ficaram extremamente vermelhas, e ela estava apertando os dedos. - Não precisa ter vergonha de mim, se quiser é só fingir que eu não estou aqui,ou pedir para que eu saia. Falei tentando acalma-lá.
- N-não, n-nao precisa sair,eu s-só preciso me acostumar. Ela falou forçando um sorriso que não apareceu.
- Tudo bem. Prazer, sou Lila Jackson. Falei estendendo a mão.
- L-Lila J-Jackson?. Ela me olhou surpresa e eu assenti sem entender o porque. - Filha de Layla Jackson e Marcos Jackson?.
- Sim,você conhece os meus pais?,me conhece?. Pergunto surpresa. Já que ninguém além da diretora sabe o nome dos meus pais.
- Então é você, você é ela,a herdeira. Ela falou ainda com uma expressão de espanto.
- Desculpe mas não sei do que esta falando. Eu disse já começando a me assustar.
- Sou Jacke,diminutivo de Jaqueline,só que com ck. Ela falou estendo a mão com um sorriso e olhar de admiração.
- E eu sou...bom você já sabe. Sorri pra ela e apertei sua mão.
Observei Jacke melhor,e ela parecia a personagem de um livro. Tinha um rosto e pele clara e delicada,olhos verdes,e sardas. Sua cabeça estava coberta por um pano,que suponho ser um hijabe,então ela deve ser mulçumana.
Mas ainda da para ver suas sombrancelhas,que são ruivas,então acredito que o cabelo dela seja igual.
- Você é bem bonita. Falei ainda a admirando.
O rosto dela fica mais vermelho que um tomate, como ficaria se ela fosse de um livro.
- Obrigada,você também é. Ela fala enquanto come um pouco da sua comida.
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