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Vendida pelo próprio irmão.

Vendida pelo próprio irmão.

5.0
5 Capítulo
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Sinopse

Índice

Após a morte do seu pai, Ângela precisa manter o pequeno sítio onde mora com a mãe. As coisas pioraram ainda mais quando seu irmão volta para o sítio afundado em dividas e decidido a tirar tudo dela. Sem escrúpulos, ele cogita até vender a própria irmã, para obter benefícios.

Capítulo 1 A chegada do seu irmão

Com o inverno se aproximando, Ângela precisa estocar alimentos. Depois da morte do seu pai e do sumiço do seu irmão mais velho, a jovem que acaba de completar dezoito anos precisa ser forte para cuidar do pequeno sítio e da sua mãe.

As mesmas vivem no interior. Ângela nunca conheceu nada além da pequena cidade do interior do sudeste do Brasil e o sítio onde moram. Sua mãe por outro lado, não nascera naquele lugar, seu pai quando jovem a conheceu em uma das suas viagens de negócio. A mãe era atendente em uma cafeteria, não tinha família, quando a mesma quase foi estuprada por dois sujeitos, ele a salvou e a trouxe para sua casa.

Ano passado seu pai se acidentou, quando tentava retirar um bovino preso na lama que se formou por conta das chuvas. No desespero o bicho o acertou com um coice, deixando-o desacordado. Por conta da sua demora, Ângela e sua mãe tentaram ainda encontrar, mas era tarde o rio tinha transbordado e arrastado seu pai que foi encontrado dois dias depois preso nos arames das cerca.

O irmão de Ângela, Davi já está longe a mais de três anos. O mesmo nem sabe da morte do pai e da doença da mãe. Lena a mãe deles, se entregou a bebida com a morte do esposo. Ela o idolatrava e não era tão afetuoso com os filhos. Nos dias atuais se encontra debilitada, aguardando apenas a partida. Seu fígado já esta todo debilitado, ela tem um quadro de hepatite gravíssimo. Ângela para cuidar dela, teve que vender a maioria dos bichos do sítio, além de ter feito um empréstimo com um dos homens mais ricos da cidade.

Apesar de ser mulher ela sempre ajudou seu pai na lida do sítio. Depois da partida do filho seu pai não quis deixar que fosse para outro lugar em busca de mais estudo. Temendo os perigos da cidade grande e a beleza de Ângela, ele sempre a teve por perto. Os garotos da pequena cidade sabendo da braveza do pai, nunca se atreveram a chegar perto.

Por onde passa sempre chama atenção. Com cabelos lisos e negros até a cintura, de pele que se confunde com os primeiros raios de sol, olhos castanhos e o corpo com todos os detalhes e curvas perfeitas. Com a morte do seu pai os garotos e até mesmo os homens casados e mais velhos começaram a abordá-la sempre que vai a cidade, por esse motivo ela sempre evita ir sem necessidade.

A renda do sítio era da venda de bovinos, a condição da família era muito boa. As terras para o pasto era de sumir de vista. Porém só depois da morte do pai que Ângela soube que o irmão tinha dado o golpe. Ele fez um empréstimo com o mesmo homem que Ângela pegou dinheiro para cuidar da mãe. Seu pai teve que passar partes da terra para pagar a divida. Ele escondeu isso de Ângela e da sua mãe. O gado por conta da seca e a falta de ajuda, não resistiu. Ficando poucos bovinos. O tratamento da mãe é muito caro, Ângela foi obrigada a vender mais terras e o restante do gado. Hoje tem apenas dez cabeças, que ela tenta manter a todo custo. Ela também plantou hortaliças, o que tem dado dinheiro para gastos pequenos. Ela as vende de porta em porta, toda semana. Agora no inverno não nascem com tanta facilidade, o que diminui a renda.

- Mamãe, você precisa tomar este remédio.

- Não quero remédio. O que você fez com a garrafa que deixei no armário da cozinha?

- Você não pode beber.

Splach!!!

Lena acerta um tapa na cara da sua filha Ângela. A garota se afasta, deixando a mãe a dizer palavras perversas e cruéis quando ela sai. Na porteira do sítio, sentada no alto da cancela ela chora. Não pelo ataque da sua mãe, mas por saudades do pai. Ele sempre a protegeu e foi carinhoso com ela.

O vento de inverno é de congelar os ossos, mas Ângela prefere a dor do frio, que as palavras da mãe. Sem coragem para voltar para dentro ela fica olhando pela estrada. Com a escuridão da noite Ângela percebe quando um carro aponta na estrada. Preocupada, desce rapidamente da cancela, pula a janela do seu quarto e pega a espingarda do pai. Ele parecia prever que algo estaria prestes a acontecer, meses antes da sua morte a ensinou manusear e atirar com aquela espingarda.

O carro se aproxima cada vez mais, até parar na porteira do sítio. Ângela fica na varanda, camuflada entre plantas e alguns objetos. Um homem desce e abre a cancela.

- Onde o senhor pensa que vai?

A voz de Ângela é firme. Ela sai da camuflagem permitindo que o homem possa ver o objeto que segura.

- Minha querida irmã Ângela, sou eu seu irmão Davi.

Desconfiada, Ângela se aproxima com a arma apontada para o homem.

- Cuidado com essa arma minha irmã. – Não vai querer acertar seu único irmão.

Davi se aproxima, tirando a arma das mãos de Ângela e a abraçando. Ângela, não devolve o abraço. Talvez a lembrança de quando seu irmão foi embora, o desespero do seu pai e a descoberta das dividas meses depois.

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