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O CEO e a Espiã Infiltrada

O CEO e a Espiã Infiltrada

5.0
22 Capítulo
53 Leituras
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Sinopse

Índice

Lucía foi enviada para se infiltrar na Aureum Corp, a poderosa empresa liderada por Alejandro Ferrer, um CEO tão brilhante quanto misterioso. Sua missão é clara: encontrar provas que comprovem as atividades ilegais de Alejandro. Mas nada sai como planejado. Sob a fachada de um homem frio e calculista, Lucía descobre alguém marcado pelo passado, protetor e leal. Sem perceber, ela acaba presa entre sua missão e um amor que jamais deveria ter nascido. Quando Alejandro descobrir a verdade, ambos terão que escolher: confiar em seus sentimentos ou se destruírem mutuamente. Em um jogo de poder, mentiras e traições, será que o amor conseguirá sobreviver à verdade?

Capítulo 1 A Sombra do Poder

Alejandro Ferrer olhava para a cidade através da ampla janela de seu escritório no último andar da Aureum Corp. A luz do entardecer tingia os edifícios de laranja, refletindo um brilho cálido no vidro, mas ele mal notava. A vista da cidade, tão imponente quanto o seu próprio legado, era apenas um pano de fundo estático para sua mente, que nunca parava de calcular.

Com 37 anos, Alejandro era o epítome do sucesso: frio, meticuloso e decidido. Em seu mundo, não havia espaço para erros nem distrações. Tudo estava sob controle, ou pelo menos parecia estar. Poucos sabiam que, por trás dessa fachada imponente, havia um homem em constante alerta, carregando mais responsabilidades do que qualquer outro suportaria.

- Senhor Ferrer - disse uma voz grave vinda da porta.

Alejandro não precisou se virar para saber quem era. Hugo Morales, chefe de segurança, era um dos poucos homens em quem confiava plenamente.

- Fale - respondeu Alejandro, com uma voz calma, mas firme.

- Temos um problema com a lista de contratações - disse Hugo ao entrar e fechar a porta atrás de si. - Há nomes que não batem, pessoas sem experiência real ou com registros incompletos. Parece que alguém tentou manipular o sistema.

Alejandro franziu a testa, virando-se levemente para Hugo. Seu rosto revelou apenas uma leve sombra de irritação, mas sua mente já começava a analisar o problema.

- Sabemos quem está por trás disso? - perguntou.

- Ainda não, senhor, mas já estamos investigando. Apresentarei um relatório completo em uma hora.

Alejandro assentiu lentamente.

- Faça isso. E quero saber exatamente como isso aconteceu. Se alguém está jogando contra nós, não importa quem seja, você vai descobrir.

Hugo assentiu e saiu em silêncio.

Por um momento, Alejandro permaneceu imóvel diante da janela. Apesar de sua postura relaxada, sua mente estava longe de estar tranquila. Ele não tolerava erros, muito menos brechas em seu sistema. A Aureum Corp. não era apenas uma empresa; era sua vida, seu legado e o símbolo dos sacrifícios que fizera desde muito jovem.

Quando o relógio marcou sete horas, Alejandro decidiu que já bastava por aquele dia. Guardou alguns documentos importantes em sua pasta e desceu pelo elevador diretamente ao estacionamento subterrâneo. Seus movimentos eram quase mecânicos, fruto de anos de disciplina e rotina.

Seu carro, um sedã preto impecável, estava à sua espera no lugar habitual. Alejandro entrou, colocou o cinto de segurança e deu partida com calma. Dirigir naquele horário, quando o trânsito começava a diminuir, era um dos poucos momentos de tranquilidade que ele se permitia.

Ligou o rádio, deixando que uma suave melodia de jazz preenchesse o espaço do carro. A música, combinada com as luzes da cidade, deveria ser relaxante, mas sua mente continuava a processar o problema das contratações. Quem ousaria infiltrar-se na Aureum Corp? Seria um erro administrativo ou algo mais sério?

Enquanto fazia uma curva em uma avenida pouco movimentada, uma figura chamou sua atenção. Uma mulher estava parada ao lado de um táxi que parecia não funcionar. Ela vestia um casaco cinza que já vira dias melhores e tinha o cabelo castanho preso de forma desleixada. A mala ao seu lado sugeria que não estava ali por acaso.

Alejandro não era um homem impulsivo, mas algo o fez reduzir a velocidade. Parou o carro ao lado da calçada e abaixou a janela.

- Precisa de ajuda? - perguntou com voz tranquila.

A mulher levantou o olhar, claramente surpresa. Seus olhos, escuros e profundos, encontraram os dele por um breve instante. Foi o suficiente para que algo dentro dele se agitasse, embora ele não soubesse o motivo.

- Estou bem - respondeu ela com firmeza, embora suas mãos tremessem ligeiramente sobre a mala.

Alejandro franziu a testa. Ela não parecia estar bem, e a rua deserta não ajudava em sua segurança.

- Está tarde para estar sozinha aqui - insistiu. - Tem certeza de que não precisa de nada?

Ela hesitou por um instante antes de responder:

- Obrigada, mas estou apenas esperando outro táxi. Este parece não funcionar.

- E já está esperando há muito tempo?

A mulher o olhou com certa desconfiança, como se analisasse se podia confiar nele. Finalmente, respondeu com um leve movimento de cabeça.

- Não muito. Estou bem.

Alejandro não insistiu. Assentiu uma vez e subiu o vidro da janela. O carro avançou lentamente pela rua, mas ao olhar pelo retrovisor, notou que o táxi continuava parado, sem se mover. Algo naquela cena não fazia sentido, mas ele decidiu ignorar.

Ao chegar ao seu penthouse, Alejandro tirou o paletó e a gravata, deixando-os cair sobre o encosto de uma cadeira. O lugar era amplo, moderno e decorado em tons frios, exatamente como ele gostava. Ali não havia espaço para nada que não fosse funcionalidade e ordem.

Serviu um copo de uísque e se jogou no sofá. O líquido âmbar girava no copo, refletindo as luzes suaves do teto, mas ele não o bebeu. Sua mente estava em outro lugar.

A imagem da mulher na rua continuava aparecendo em sua cabeça. Havia algo em seu olhar, uma mistura de vulnerabilidade e força, que ele não conseguia esquecer. Sacudiu o pensamento; não tinha tempo para distrações.

O telefone vibrou sobre a mesa. Ao pegá-lo, viu que era Hugo.

- Diga - atendeu Alejandro, direto ao ponto.

- Senhor, já revisei a lista. Há um nome que não aparece em nenhuma base de dados oficial, mas foi aprovado hoje mesmo.

Alejandro inclinou-se para a frente, alerta.

- Quem?

Hugo fez uma breve pausa antes de responder:

- Lucía Torres.

O cenho de Alejandro se franziu. Aquele nome não significava nada para ele, mas algo em seu instinto dizia que não era coincidência.

- Quero saber tudo sobre ela. Origem, antecedentes, qualquer coisa. Não deixe nada de fora.

- Imediatamente, senhor.

Alejandro desligou e colocou o telefone sobre a mesa. A noite, que havia começado com relativa calma, agora parecia carregada de um estranho pressentimento.

Sem saber, Alejandro acabava de dar o primeiro passo em um jogo que mudaria sua vida para sempre.

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