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NAS TERRAS DE MAKUNAIMA – PARTE 2

NAS TERRAS DE MAKUNAIMA – PARTE 2

5.0
5 Capítulo
655 Leituras
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Sinopse

Índice

Os acontecimentos deste romance ocorrem apenas um ano antes dos ocorridos em, Nas Terras de Makunaima – Parte 1, onde o Professor José Carlos da Silva, um rapaz roraimense residente no interior do estado de Roraima e irmão do meio de Pedro José, protagonista do primeiro livro, passa a viver momentos incríveis e as vezes dramáticos. Este rapaz tem os cabelos castanhos escuros, aproximadamente 1.80 m de altura e 32 anos, sua maior semelhança com o Pedro são os característicos olhos verdes. Ele trabalha na universidade do município de Barra Mansa da Mata, é professor muito inteligente e esforçado, dando aulas para o curso de Zootecnia, sua especialidade é em animais de pequeno e grande porte voltado a melhoria genética. Sua vida se divide entre seus trabalhos na universidade e a Fazenda Sossego, que continua indo para casa dos pais principalmente nos seus dias de folga. O rapaz tem uma vida relativamente tranquila e um bom emprego sem viver muitas emoções. Isto até conhecer a professora de veterinária, Vera Mara de Sucupira, que tem longos cabelos negros, olhos castanhos, com aproximadamente 1.65 m de altura e idade 30 anos. O professor acaba precisando salvar a moça depois de um acidente que poderia ter sido fatal. A moça que veio de Manaus para morar nesta localidade gosta também de uma vida pacata, um dos motivos que fez ela sair da agitação da cidade grande da capita do Amazonas, para trabalhar na mesma universidade e acabou gostando da tranquilidade da região e fixando residência. O professor José rapidamente se encantou por Vera, o problema é que a moça é comprometida com o professor de veterinária Ricardo Ribeiro que também leciona na mesma universidade e namorado de Vera a mais de um ano. Será que no decorrer de diversos acontecimentos um tanto quanto dinâmicos para o gosto das personagens os dois poderão viver algumas aventuras cercadas de muita paixão? Venha conhecer mais um romance cercado de paixão, mistério e uma pitada de erotismo para maiores de 18 anos que acontece, Nas Terras de Makunaima – Parte 2

Capítulo 1 UM ACIDENTE: SOCORRO!

--- UM ANO ANTES. ---

A Vera está em uma estufa da Universidade de Barra Mansa da Mata onde acabou de acontecer um acidente.

E neste momento ela está tentando localizar alguém que conheça através do rádio comunicador uma forma de pedir ajuda.

- Alguém, ... está me ouvindo. Câmbio!

"Sem resposta, tenho que continuar tentando. Senão este pode ser o meu fim!"

- Alô! S.O.S. – O rádio fica fazendo ruídos.

"Será que o Ricardo não está por perto!?"

- Tudo bem. Mantenha a calma Vera. Pensamento positivo. Irei conseguir sair desta... "Ai! Que dor! Estou perdida se não conseguir ajuda!"

- Câmbio! Ou ... seja lá o que tenho que ... dizer. Ai!!! ... – A voz dela começa a falhar.

- Olá! Quem está na linha do rádio?

- Oi! Ricardo. Eu preciso muito de ajuda! Fui atacada... câmbio!

- Senhora se acalme. E, me diga exatamente onde está.

- Ricardo, estou na estufa da universidade. Foi atacada...

- Então tudo certo. Estou indo. Não se preocupe muito e continue falando comigo, senhora.

- Ricardo, meu amor, ... a sua voz, ... está diferente. Estou com muita dor e ficando com frio! -A Voz da Vera sai baixa.

- É, que não sou o Ricardo, senhora.

- Hã! Eu deveria ter ... notado. Des – desculpe. Não estou nada bem! – A voz dela soa mais baixa.

- O que houve, senhora? – Ocorrem ruídos no rádio.

- Eu fui atacada, ..., por abelhas.

- Abelhas! A dona, sabe dizer se é alérgica?

- Acho que não. Mas, ... agora não tô enxergando nada, minha vista está embaçada. Eu sinto muita dor. – Sua voz está ainda bem baixa.

- Por favor, continue falando. Já estou quase na estufa, dona. – O rádio ainda faz uns ruídos.

- Moço, acho que eu, ... que estou, ... ficando mais gelada. Sinto frio!

- Dona, fique calma, e se possível, se proteja.

- Estou escondida. No entanto já fui picada ... várias, ... muitas vezes. Não sei ao certo por quantas abelhas. – Ela suspira alto que o Zeca consegue escutar pelo rádio.

"Vamos ver onde fica a estufa, deixe-me ver. Acho que é por aqui." – O José está quase correndo de tão rápido que anda.

- Dona Vera, me diga é este o seu nome?

- Sim, senhor! Me ajude, ... por favor! – A voz sai ainda bem baixa.

- Vou chegar logo aí. Agora, por favor! Apenas tente ficar, acordada.

- Vou ficar acordada o máximo que eu ..., que eu ... – Ela fala, no entanto, a voz vai ficando bem mais fraca até parar.

- Dona Vera, ainda está aí! Fale comigo. Não me deixe preocupado! Câmbio!!!

Neste momento não houve mais nenhuma resposta dela resposta.

"A voz parou, será que ela desmaiou? Tenho que me apressar. Será que vou conseguir salvar aquela senhora?" – E o Zeca fica bastante apreensivo e começa a correr.

- Senhora! Senhora, continue falando. Fale algo, o que ia me dizer!?- Fala para o rádio, porém apenas escuta os ruídos.

"Não posso perder esta mulher, ele tem que sobreviver." – O Zeca ponderou.

O Zeca fala apertando o rádio comunicador com força e acelerando o passo em uma corrida preocupada até chegar à estufa.

- Cheguei! Senhora, Vera!? Dona, me responda!

O Zeca entra no lugar e vasculha todo o ambiente e não encontra ninguém.

"Espere por mim. Eita! Tenho que cobrir o meu rosto com o chapéu de proteção. Ainda bem que estou de jaqueta. Senão teria mais trabalho."

- Dona, me responda!

- Ela me disse que está escondida.

"Será que a senhora desmaiou? Ou coisa pior!" – Ele pensou e ficou mais preocupado.

- Tenho que salvá-la! Nunca vou conseguir me acalmar se ela não ficar bem.

"Que droga! Aonde será que o tal do Ricardo se meteu?"

- Senhor, estou aqui! – Ela fala em um tom muito baixo.

- Deixe-me ver. Acho que é por aqui. Vou seguir para onde acho que a voz falou.

- Pronto! Encontrei a senhora. – O Zeca respira fundo com certo alívio seguindo na direção da voz.

"Ainda bem que a dona ainda está viva!" – Ele refletiu.

A Vera estava enrolada em uma lona amarela bem no canto da estufa. As abelhas voavam aos montes por todos os lados do ambiente.

Se o Zeca não tivesse coberto também teria sido atacado.

Ele foi até onde a moça está encolhida e se agachou.

- Dona Vera, estou aqui como prometi. Se acalme que vim lhe ajudar.

- Moço, acho, ... que minha pressão, ... caiu. – Ela ainda fala bem baixo.

"O seu rosto está muito inchado e ela parece não conseguir abrir os olhos." – O Zeca analisou.

- A senhora consegue se levantar?

- Não. Eu estou me sentindo muito fraca e com frio. - Fala ainda baixo.

- Tudo bem, não se assuste vou ter que levá-la no colo. – Ele pega a moça nos braços e segue o caminho de volta com ela no colo.

- Me escute, vou levar a senhora para o posto de saúde. É muito importante agora tentar se manter acordada.

No caminho ele se encontra com um aluno de veterinária.

- Rapaz, como se chama?

- Sou o Davi, senhor.

- Avise na reitoria que estou levando esta senhora para o posto de saúde.

- Mas, é a dona Vera, nossa professora de veterinária! Tudo bem professor.

- Há, então ela trabalha aqui também.

- E, avise também que terei que pegar o jipe verde do local.

- Claro que aviso, professor!

- Outra coisa, algumas abelhas fugiram. Peça ajuda, pois teremos que controlar o enxame para não atacar mais ninguém.

- Certo, professor. Farei o possível para ajudar.

- Obrigado! Olha, Davi não vá esquecer.

- Vou fazer tudo que me pediu, senhor.

O Zeca nem termina de ouvir o que o acadêmico falou, apressado em salva a professora saindo em seguida.

Ele andou por pelo menos uns 500 metros até chegar na porta do campus.

- Vou buscar nosso transporte, por favor fique bem que eu já estou voltando.

- Hummm! – Ela tenta responder.

O professor deixou a moça deitada em uma cadeira perto da porta e foi buscar o veículo.

Alguns minutos depois, Zeca chega dirigindo um jipe verde, ele desce do carro e volta para buscar a Vera, que parece desacordada nesse momento.

Ainda com ar de preocupação coloca a moça no colo mais uma vez seguindo até o veículo e deixa ela no banco do passageiro da frente do jipe.

- Aguente firme professora. Vou fazer o possível para ajudar a senhora!

O Zeca fala olhando para a moça.

- Ricardo! Meu amor! – Ela fala quase em um sussurro tocando nele.

- Pelo amor de Deus, Ricardo! O que você fez com esta moça?

Eles seguem no caminho que já está escuro e com alguns buracos na estrada. E durante boa parte do trajeto ela continua chamando pelo Ricardo.

Enquanto o Zeca dirige, ele olha de canto de olho o semblante dela e parece preocupado, apesar do enorme inchaço no rosto que a moça está apresentando no momento.

"Ela ainda consegue respirar direito o que neste caso é um ótimo sinal, o que me preocupa é que ela está um pouco fria." – Ele ponderou suspirando.

- Por que esse posto de saúde parece estar tão longe daqui?

- Trinta quilômetros do Barra Mansa da Mata, me parece uma eternidade quando temos que socorrer alguém.

- Que bom! Ela parece estar se acalmando agora.

"Como assim! Esta senhora está abraçando a minha cintura!?"

A Vera está abraçada a cintura dele e apesar de estar bem inchada, esboça um sorriso no canto da boca.

Ele acha estranho, no entanto não afasta os braços dela.

"Se ela não estivesse tão inchada, parece que seria linda. No que eu estou pensando? Tô doido! Vim salvar a moça e fico olhando para ela? Que loucura é essa agora Zeca!?"

- Calma, dona. Já estamos chegando no Posto de Saúde. Aguente só mais um pouco.

Assim que chega no local ele precisa pegar novamente a Vera no colo e segue até entrar dentro do posto.

- Por favor, alguém me ajude! Aqui tem uma paciente que foi atacada por um enxame de abelhas.

E, alguns minutos depois.

- Senhor, deixe a moça na maca da sala de espera e volte para preencher a ficha.

- Claro, espere um minuto.

O Zeca leva a Vera para a sala indicada e volta em seguida.

- Qual é o nome da paciente?

- Se chama Vera.

- Nome completo?

- Não sei.

- Qual a idade dela?

- Também, não sei.

- O senhor sabe alguma coisa sobre ela?

- Sim, que ela foi atacada por um enxame de abelhas e que trabalha na faculdade de Barra Mansa da Mata.

- Senhor, vai ter que descobrir mais.

- Tudo bem, já volto.

Ele se afasta do balcão.

- Será que ela tem um crachá no bolso do jaleco?

"Mas, eu não posso meter as mãos no bolso de uma desconhecida. Talvez faça, se for para ajudar. Não, nem para uma necessidade eu consigo fazer uma coisa destas."

Ele foi até a sala em que a Vera estava sendo tratada, entrou bem devagar e ficou observando.

- Entre senhor. A sua namorada já está recebendo o tratamento e vai logo ficar bem.

- O que!? Ela não. Não, é minha namorada.

- Há, não. É que o senhor chegou aqui tão aflito, preocupado que parecia ser algo dela. Poxa, mil desculpas! – Fala a enfermeira com um sorriso.

- Tudo bem. Você pode me informar se ela tem algum crachá. Preciso de algumas informações.

- Sim, aqui está senhor.

O Zeca olha para a foto do crachá e para a moça que está sendo tratada bem em sua frente.

"Nem parecem ser a mesma pessoa. Esta tem longos cabelos negros, olhos castanhos e lábios grosso que por sinal, são bem desenhados. O que eu estou fazendo? De novo devo estar carente!" – Ele refletiu.

- Agora que tenho o nome e a idade vou levar para a recepcionista. O nome é Vera Mara de Sucupira, idade 30 anos. Nova para dar aulas em uma universidade. O que posso dizer sobre isso? Nós não temos muita diferença de idade e também faço isso. – Ele esboça um sorriso.

Ele volta a recepção com as informações. As entrega para a recepcionista e retorna para a sala de atendimento. Porém, descobre que a moça já saiu de lá para a sala de observação.

- Onde é que a moça que eu trouxe a pouco está ficando agora? – Ele pergunta para a enfermeira.

- Ela foi encaminhada para a outra sala, senhor. Fica logo no final do corredor a direita. É a sala de observação.

Depois de receber as instruções o Zeca segue até o final do corredor e ao chegar lá o médico o recebe.

- O senhor que é o noivo dessa paciente?

- Não, doutor. Passei por acaso no local que ela estava vi que precisava de ajuda e precisei ajudar.

- Há, é que chegou aqui tão preocupado que tirei conclusões precipitadas. Me desculpe senhor.

- Doutor, pode dizer o que aconteceu? Qual será o tratamento?

- Sim senhor. A Vera teve uma reação alérgica, e parece ter sentido muita dor devido ao ataque das abelhas. Foram mais de dez ferradas e algumas atingiram seu rosto perto dos olhos, por isso ela ficou sem enxergar, e pode demorar um pouco para voltar.

- Fico pensando na dor que ela deve ter sentido na hora, por isso nem conseguiu sair da estufa. – O Zeca fala.

- A sorte dela é que não é alérgica, senão talvez nem tivesse tempo de chegar a ser atendida no posto. O senhor entende?

- Sim, doutor, claro.

- Já fizemos a primeira parte do tratamento com os remédios necessários. Vou entregar aqui a receita, e vá até a farmácia receber os medicamentos para ela continuar a fazer o tratamento em casa.

- Ela vai precisar de outros cuidados?

- Sim, não esquecer de fazer compressas geladas no local. Ela teve muita sorte de o senhor ter encontrado. Mesmo não tendo histórico de alergia, o que esta senhorita poderia ter sentido seria bem pior.

- Que bom que pude ajudar. Ela vai ficar quanto tempo aqui?

- No máximo uma hora em observação até termos certeza que a medicação está fazendo efeito.

- Ela vai precisar de mais alguma coisa?

- Que fique a noite toda por perto para ajudá-la. Não esqueça disso.

- Por não ter intimidades com ela, passarei a informação para algum conhecido da moça.

- Tudo certo, então preciso sair. Vou precisar atender outros pacientes.

- Obrigado, doutor.

O médico sai apenas balançando a cabeça em confirmação.

Até que o tempo estipulado passou.

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