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Nikolai | Série Pavlov

Nikolai | Série Pavlov

4.8
60 Capítulo
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Sinopse

Índice

Nikolai Pavlov, o herdeiro da máfia russa. Treinado pelo pai, um homem sujo e sem sentimentos, a ser um assassino impiedoso. As coisas complicam quando, antes de receber seu império, Nikolai descobre a primeira, e mais importante, regra da máfia, um casamento. Impasses, amor e brigas. Nikolai tem que lutar para ser uma pessoa melhor ou viver amargurado e infeliz como o seu pai.

Capítulo 1 Prólogo — Página 1

- Nikolai. - Minha mãe sussurrou ao meu lado.

Abri os olhos, meu corpo inteiro tremia. Seu rosto machucado e seus olhos tristes e vermelhos demonstravam algo que eu já sabia. Meu pai havia agredido ela mais uma vez.

- Está tudo bem agora. - Ela me abraçou. - não precisa ter medo, eu estou aqui.

- Ele te machucou. - Levantei minha mão até o seu rosto. Ela sorriu triste.

- Sim, mas está tudo bem, seu pai está apenas estressado. - Ela murmurou. - Vamos sair daqui.

Assenti e segurei a sua mão. Ela me levantou devagar e sorriu encorajadora.

Minha mãe era a mulher mais bonita e incrível do mundo. Sua bondade era tanta e chegava a tantas pessoas. Todos os amigos da família a adoravam, diziam ser uma santa.

"Uma santa que se casou com o diabo." Como o meu pai gostava de dizer.

Eu conseguia sentir meu corpo tremer um pouco ainda, o medo ainda não havia me deixado completamente. Eu tinha medo de apanhar do meu pai. Minha mãe nunca deixava ele chegar perto de mim e me tocar.

Eu não consigo entender porque meu pai é uma pessoa tão ruim, não fizemos nada.

- Esse garoto é um covarde. - Ele gritou.

Me encolhi um pouco, enquanto minha mãe o encarava. Sua expressão serena havia mudado, ela tinha um misto de medo e arrependido. Seus ombros estavam tensos e sua mão suada.

- Por favor, deixe Nikolai. - Ela fungou. - Nao machuque o meu filho.

- Cale a sua boca, Amélia. - Ele rosnou. Uma lágrima desceu pelo rosto delicado da mulher. - seja um homem, Nikolai, vamos!

- Eu.. eu.. - Gaguejei.

- Eu, eu.. - Meu pai debochou. - Eu estou criando a porra de um homem, Nikolai, um homem que se defende sozinho, que não precisa da sua mãe. - Ele berrou e me acertou um tapa no rosto.

Meu corpo foi jogado no chão, senti minha cabeça bater contra o piso. As lágrimas se inundaram nos meus olhos e o soluço cortou a minha garganta.

- Por favor, Vladimir.. - Minha mãe gritou. - Deixe Nikolai, ele só tem dez anos, é uma criança.

- Cala a porra da boca, Amélia. - Ele berrou mais um vez e partiu para cima dela. - Ou eu mato você e essa criança que está aí dentro.

Minha mãe se encolheu e abraçou a barriga. Sua feição era chorosa, ela me encarou triste e me senti um nada.

Outra criança. Dentro dela. Outra criança.

Minha mãe estava grávida. Eu teria um irmão.

- Não machuque a minha mãe, me machuca, me bate, me mata.. - Eu gritei e me coloquei entre eles. - Mas não machuca ela e nem o bebê.

Meu pai resmungou e me encarou de cima. Seu ombro se relaxou um pouco e seus lábios se curvaram em um sorriso.

- Isso, Nikolai. - Ele disse calmo. - Defenda a sua mãe, se defenda.. eu estou criando um homem, e não um merda, você me entendeu? - Ele segurou meu ombro e me empurrou no sofá.

Uma das suas mãos pressionou minha bochecha, me causando uma dor instantânea e a outra encontrou meus cabelos.

- Eu não quero que se esconda, entendeu? - Ele rugiu.

- Sim, Senhor. - Eu disse com dificuldade, sentindo as lágrimas voltarem para o meu rosto.

- É assim que eu gosto. - Ele se levantou.

Vladimir se levantou e passou a mão nos cabelos, seu rosto se aliviou em uma feição de paz e ele encarou minha mão. Ela se encolheu um pouco.

- Vá limpar esse rosto e colocar Nikolai para dormir, estou esperando. - Ele disse sereno.

Ele subiu as escadas e virou o corredor, e só então, eu tive coragem de me levantar. Engoli o choro e me aproximei da minha mãe, segurei a sua mão e a puxei para o andar de cima, para o meu quarto.

- Não ia me contar. - Eu perguntei.

- Contar o que? - Ela perguntou calma, indo até o meu banheiro e pegando a pequena caixinha de primeiros socorros.

- Que está grávida. - Minha mãe parou por alguns segundos e sorriu.

- Descobri hoje, Nikolai. - Ela se sentou ao meu lado e puxou meu rosto. Sua testa se franziu levemente, antes de ela pegar um frasco e espirrar o remédio no meu rosto.

Senti minha bochecha arder no mesmo momento, mas eu precisava ser forte e eu seria. Eu seria um homem, a partir de hoje, por mim e pelo meu irmão.

- Se for menino, podemos chamar de Dimitry? - Perguntei calmo.

- Podemos sim. - Ela sorriu doce e pude ver todo o amor em seus olhos.

- Dimitry Pavlov. - Testei sonoramente.

Eu vou proteger você, Dimitry. Eu prometo.

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Mais Novo: Capítulo 60 Final   01-23 17:20
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